Depois da intervenção militar, Temer surpreendeu a todos a colocar o Raul Jungmann para novo ministério da segurança e devolver depois de quinze anos o ministério da defesa para um militar, o general Joaquim Silva e Luna.
Nomear Raul Jungmann para o novo ministério é cacifar um nome até então medíocre, já que ele não conseguiu se eleger de forma direta nas eleições de 2014, herdando o cargo de deputado federal como suplente. Se tiver sucesso, ele pode servir para se candidatar governo do estado do Rio de Janeiro , caso a intervenção militar seja um sucesso. Assim compensa a falta de nome do MDB fluminense, que está desmoralizado politicamente, para o governo do estado. Ou pode lança-lo para o governo de Pernambuco, terra natal e eleitoral do ministro, desbancando o domínio do clã Arraes e impedindo avanço petista no Nordeste, já que em Pernambuco em 2014,Dilma teve vários votos.
Nomear militar para o ministério da defesa enfraquece o movimento pró-Bolsonaro nas altas patentes e diminui aos poucos a figura de Bolsonaro nas baixas patentes
Para que Temer fez todos esses movimentos? Primeiro, porém remota, é ele mesmo se candidatar a presidente. Se a intervenção for num sucesso, haver liberação de grana para comprar votos e ter candidatos a governadores aliados que possam vencer, a impopularidade do presidente golpista pode se reverter de forma rápida.
Segunda, é ele conseguir eleger um sucessor. Quer sair com saldo positivo e eleger um indicado seu. Até agora o nome de Henrique Meireles é o único que pode defender os legados neoliberais do presidente.
E outro é que os seus legados atraiam outros candidatos como Alckmin do PSDB. Porém tem que haver troca de favores entre eles, mas há mais disseções do que concordância.
Nesse movimento todo, é triste que Temer e sua quadrilha só pense se beneficiar no jogo político do que beneficiar o pobre povo brasileiro.
