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quarta-feira, 31 de maio de 2017

Dória e a falácia do gestor

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*Edson Amaro
Quem é de direita raramente se assume de direita. Prefere dizer que não tem lado. Então não tenha dúvidas: quem nega que existam esquerda ou direita ou que isso seja relevante é de direita.            Quem é de direita adora negar a política. João Doria, prefeito de São Paulo eleito pelo PSDB, repete sempre: “Não sou um político, sou um gestor”. Como se isso fosse certificado de imparcialidade. Mas nenhum gestor é imparcial.            Se alguém é gerente de uma fábrica, essa pessoa vai atender os interesses da fábrica ou os interesses do consumidor? Ou você acredita que a fábrica e os consumidores têm os mesmos interesses?            Exemplifico: você lembra como eram os telefones celulares em 1997, ano da morte da princesa Diana? O filme “A Rainha”, de 2007, desenvolve uma fantasia sobre como teriam sido os dias da soberana da Inglaterra na primeira semana após a morte de Diana. Helen Mirren, no papel principal, usa um telefone celular em uma das cenas: um objeto preto e pesado, do tamanho de um tijolo. Hoje, em 2016, alguém usa um celular desses? Um celular do ano 1997 tem uma vida útil de 19 anos? Interessa ao fabricante que um aparelho de celular possa ser utilizado por 19 anos, ou interessa que ele logo se torne inútil para que o consumidor compre um novo aparelho? Os interesses do fabricante e dos consumidores são os mesmos?
            E pergunto ainda, usando o exemplo do gestor de uma fábrica: os interesses do patrão e os interesses dos empregados são os mesmos? Se é possível instalar um maquinário que reduza a quantidade de operários, reduzindo assim a quantidade de dinheiro gastos em salários e aumentar os lucros do dono da fábrica, o gestor terá que decidir entre o lucro maior do patrão e os empregos dos operários. Sua decisão será imparcial?            Se medidas que reduzam a poluição resultante da atividade de uma fábrica reduzirem também o lucro da empresa, podemos dizer que os interesses dos moradores da cidade e mesmo dos peixes do rio que recebe a poluição dessa fábrica são os mesmos interesses do empresário? Como o gestor será imparcial?            Todo gestor é um político e todo político tem lado.            Conta outra, Doria
Edson Amaro é professor da rede pública de ensino e poeta 

domingo, 9 de abril de 2017

Dória

Como explicar que um prefeito que começou governar por quatro meses uma cidade grande como São Paulo e não fez realizações incríveis consiga uma popularidade alta?Publicidade a exaustão.
O que Dória só tem feito é ações de marketing para impressionar pessoas carentes de atenção e de ações.
No início de seu governo,já vestiu de gari e foi varrer algumas folhinhas de serapilheira onde duas horas antes os profissionais de limpeza já tinha limpado uma boa carga de lixo e os guardas municipais tinha enxotados os moradores de rua.
E depois foi vestido de gari para dar entrevistas em rádio,jornal e tv.
Na verdade vai em todos programas de TV desde os sérios telejornais até programa do Ratinho.
Dória é ecumênico,vai na missa católica até num culto neopentecostal de origem duvidosa.
Inicia projetos provisórios como Corujão,onde pessoas carentes vão a 10 horas da noite ser atendidas em hospital de bacana para fazer exames médicos. O projeto já existe há anos pela prefeitura.Mas o projeto agora e "novo".
Como prefeito de interior faz pequenas intervenções como remover moradores de rua,tirar pichações dos muros,capinar áreas de meio fio e dar pintadas em escolas.
Grandes projetos para cidade ainda estão sendo planejadas.
Talvez o grande projeto do prefeito João Dória é ser presidente do Brasil.
Como assim,ele só tem quatro meses de governo?
Mas João Dória sabe que uma boa parte das pessoas votam nos políticos como se escolhesse o vencedor de Big Brother ou The Voice Brasil ou escolhesse uma novela para ver. Um empresário de publicidade e que anos trabalhando na tv num chaterrimo programa de negócios e entrevistas sabe pesquisar o perfil do publico,que de tão carente acha o idiota Bolsonaro é um ótimo protetor.
O público nas ruas já acha ele um cara do bem e amigo,mesmo nítido que ele não é fã de pobre.
A midia burguesa já está colocando ele lá em cima,como administrador sério.
E ainda é uma alternativa do PSDB para ser candidato a presidente, já que Alckimin e Aécio estão envolvidos em corrupção e estão com imagem desgastada.
Mas ele não tem acordo com Alckinin para não se candidatar a presidente?A políticae questão de oportunidades,na qual traicoes são perdoaveis.
Dória parece um político novo,os chamados "não políticos",porém se caso ser presidente,será o governante que a burguesia empresarial precisa para tirar os direitos do trabalhador e aumentar seus lucros e para os pobres,Dória com aquele sorriso de pastilhas Mentex pedirá paciência e compreensão.Simples assim.




quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Não política

É mentiroso e até engraçado quando um candidato disputa um cargo executivo se diz não "não político''.  Geralmente o dito cujo diz que na verdade vai governar com pessoas técnicas e desprezar os dirigentes partidários e que o governo vai ser independente.
Porém na verdade quem diz isso é um empresário que está cansado de toda hora ser representado por dirigentes partidários na qual ele sempre é achacado por eles para financiar campanhas de seus candidatos.
Muitos acham que a burguesia já não estava cansada de ter que dar grana para quase todos candidatos,ora executivo e legislativo, e no final ter  muitas vantagens através de criação de leis que o favorecessem ou licitações sem qualquer tipo de leilão, porém pagassem altos juros de impostos e ainda sofrer com as cargas tributárias e trabalhistas.
Dizem os burgueses brasileiros que tudo ia bem até quando surgiu o governo do PT,na qual seus dirigentes começaram a pedir granas para campanha e ainda dinheiro para seus legisladores votarem a favor de medidas pró burguesia.O problema é que os dirigentes petistas e seus representantes no legislativo e executivo são péssimos corruptos. Deixam rastros,são desorganizados e ainda não dão suporte de defesa a seus apoiadores. Pronto.Foi o período de trevas da burguesia, que na denúncia do mensalão em 2005 não dormiu em paz.Ainda assim empurrou com a barriga financiando campanhas de todas  as cores partidárias,mas a coisa se complicou com a  Operação Lava Jato que mandou um monte de empresário de grandes empreiteiras na cadeia ou que passou pelo constrangimento de ter passado por lá e depois ser solto ou até que nem passou na cela fria,mas que teve seu nome citado.
A burguesia cansada disso, faz uma tentativa de eliminar representantes e colocar uma pessoa da burguesia para representa-las.
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O primeiro passo nesse caminho foi a criação do partido NOVO,financiado por um ex-executivo de várias bancos.De perfil neoliberal e com filiados que atuaram em empresas como gestores e funcionários de carreira em empresas privadas, abomina o chamado carreirismo político,não permitindo que seus filiados não se reelejam em seus respectivos cargos.
Mesmo que se perguntados porque fizeram um partido político, falaram que farão uma nova política com perfil gestacional.
O partido teve sucesso considerável: elegeu um vereador nas cidades de São Paulo,Rio de Janeiro,Belo Horizonte e Porto Alegre. Vamos ver agora se manterão seu discursos quando tiverem que se posicionar entre ser situação ou oposição.
Porém outros empresários se candidataram sem abrir mão de sua independência política como os prefeitos eleitos Alexandre Kalil em Belo Horizonte,João Dória em São Paulo e Hildon Chaves em Porto Velho.
Resultado de imagem para novoKalil fez um mantra dizendo que não era nem PT e PSDB,que apenas não seria político. O empresário João Dória recebeu convite de Alckmin para ser candidato a prefeito, mas falou que queria independência e que teria um corpo técnico. Na campanha falou que não era um político,mas sim um gestor, ou seja,administraria a cidade como se fosse uma empresa.
Hildon foi mais exigente em relação a esse conceito de não político: dono de faculdades e empresas,exigiu que seu partido não tivesse coligações partidárias ,para não ter que dividir cargos com aspones parasitas políticos.Aceitou se aliar apenas com o PSDC.
Resultado de imagem para joão dória kalil hildonApesar do Crivella já ter se viciado nos tramites da politicagem,a Igreja Universal criou um partido político para defender seus interesses e negócios.Conseguiu elegendo Crivella.
Parece que a atitude dos burgueses serem candidatos em vez de ter candidato é uma boa pedida por causa que eles entenderiam de administrar a cidade como o sucesso de suas empresas.
Resultado de imagem para joão dória kalil hildonEssa medida é um perigo,porque se um empresário pensa na cidade como se fosse uma empresa,ele pensará antes de tudo no lucro.Ele jamais pensará numa cidade,estado e país como território inclusivo para todos,mas sim para quem produz e consome. Para o resto, um incômodo a ser vencido e superado.
Serão apoiadas leis que beneficiem mais os empresários do que os trabalhadores. E ai entrarão flexibilização trabalhista,previdenciárias,diminuição do investimento no estado em áreas como educação,saúde e saneamento básico que serão delegadas as OS(empresas de serviços e até empresas comerciais). E a desgraça maior:empresas que administram nossas riquezas como petróleo,minérios,águas serão vendidas a preço de bala a grandes estatais estrangeiras.
A não política na verdade é uma diminuição da participação população e estimulo a não participação política do povo mais carente que vem da área mais pobre.
O crescimento do voto nulo e branco demonstrou como será a não participação política.






DOCE ILUSÃO

 Alguém acredita que o Jair Bolsonaro vai ser tornar inelegível pelo TSE para sempre? Por mais que a gente solte fogos se caso o Bolsonaro s...