Depois de dois anos,Nelson Honeiff,conhecido por dirigir o programa Documento Especial e documentários sobre Paulo Francis,Chacrinha,Santos Dimont e Cauby Peixoto,agora será de um maiores cantores do Brasil.
Agnaldo Timóteo é um show a parte.Além de ser um grande cantor,é um polemista de primeira que faz da contradição e oportunidade como sua arma para o sucesso.Mesmo em baixa,ainda faz bastante shows e se aventura na política.
O documentário vai investir mais no fracasso político de Agnaldo para eleição de vereador de 2016 e na parte musical revelando várias mágoas que ele sofreu tanto de traições políticas como do desprezo pelo seu trabalho musical dos artistas da nata da MPB que tratam sua música como brega. Fora as polêmicas como várias brigas que teve e também da sua homossexualidade,na qual ele nunca admitiu,mas sempre deixou em entrelinhas ( a homossexualidade de Agnaldo Timoteo foi admitido pelo próprio no ótimo livro "Eu não sou cachorro não" de Paulo César Araújo)
A graça em Agnaldo Timóteo é não leva-lo a sério. Se levar,não entende nada do cantor mineiro. Agnaldo é antes de tudo um sobrevivente num mundo que sempre deu poucas oportunidades a pessoas negras e do interior como ele.Vejamos.Quando nos anos 80,viu sua carreira declinar,se tornou político indo no rabo de cometa chamado Brizola.Quando viu que Brizola estava ponto de ficar isolado politicamente,rompe com ele e apoia Tancredo Neves,se reelegendo deputado federal várias vezes.Quando viu que não tinha relevância política na câmara dos deputados,vira vereador na cidade do Rio de Janeiro. E quando viu que o Rio de Janeiro era pequeno demais para ele,virou vereador de São Paulo.
Crítico da Bossa Nova e de Roberto Carlos, escancaradamente regrava todos eles sem nenhuma vergonha.Até quando ajudou alguém,tirou uma casquinha para chamar de seu.
Amem ou odeiem Agnaldo,mas ele vai ficar para sempre.