O caso do entregador Max Ângelo dos Santos que foi agredido pela ex-jogadora de vôlei de praia Sandra Mathias com coleira de cachorro foi mais um caso normalizado de racismo na qual nada acontece para quem o pratica e para quem sofre a auto estima e a dignidade ficam mais destroçados.
As leis que combatem o racismo de todas as formas são leves na qual no máximo a pessoa paga uma fiança pesada ou fica alguns dias na cadeia. E depois tudo é esquecido e contraventor da pena continua a ser racista.
Claro que anos atrás a coisa era bem pior na qual o racismo não era punido pelo simples fato de não ser crime, ser apenas uma brincadeira ou cultural. Mas mesmo hoje onde piadas, agressões, humilhações e assassinato contra negros e negras são consideradas crimes, as punições não conseguem ser efetivos.
As leis contra o racismo tem de ser mais duras a ponto que as pessoas tenham medo de praticar tal ato lamentável. Para começar o crime de racismo tem que ser inafiançável e educativa. Porque não prende a pessoa por um ano? Ou colocar tornozeleiras eletrônicas para constrangimento? Trabalhos gratuitos por mais de um ano em lugares que defenda a causa negra? Ou se a pessoa for funcionária pública, que perca o emprego por justa causa? Ou punição da pessoa de não poder buscar empréstimo financeiro ou ter alvará de algum estabelecimento por um certo período?
Seriam leis que fariam que as pessoas pensassem mil vezes antes de ser idiota ao ser racista.
Mas não adianta apenas punir o racista, mas estabelecer uma educação anti racista nos currículos escolares, aumento de oportunidades de trabalho e de formação para negros e negras e combater o racismo ambiental para que os afros brasileiros e brasileiras tem direito ao espaço das cidades de nosso país.
Tem que se acabar com o racismo estrutural que mata todos dias negros e negras de alguma forma. Já se melhorou muita coisa,mas ainda é pouco, porque ainda pessoas como Max sofra racismo.
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A ironia nesse caso é que a agressora do entregador é lésbica. Infelizmente muitas lésbicas sofrem preconceitos das piores formas.
Porém Sandra Mathias prefere usar a sua branquitude da zona sul para se proteger de tais preconceitos em vez de lutar contra a lesbofobia. Que apodreça na cadeia.
