Quem acompanha os noticiários políticos sabia que o deputado federal fluminense Marcelo Freixo sairia do PSOL. Uma decisão que seria normal se Freixo explicasse de forma transparente o porque de sua saída. Sempre que indagado sobre o assunto, o ex- psolista fala que no PSB terá mais estrutura do que no PSOL, o que não justifica , já que em 2016 mesmo com o partido com pouco tempo e inserção na tv e até do Freixo não ter ido no debate na Bandeirantes, foi para o segundo turno perdendo para bispo da Empresa Universal Marcelo Crivella.
Em 2020 por puro estrelismo, já que não queria ser contestado dentro do PSOL diante do seu apoio a uma frente ampla para disputar eleições a prefeitura do Rio, acabou renunciando a candidatura. Mesmo assim o PSOL fez sete vereadores porque ainda as pessoas associam Freixo ao PSOL.
Agora o deputado federal niteroiense quer ser governador do Rio a todo custo nem que seja para ter pessoas que não tenha nada a ver com a esquerda como ex publicitário de Sérgio Cabral coordenando a sua campanha e o ex ministro de Temer Raul Jungman seu programa de governo. Fora os apoios de empresários do bem que financiaram sua campanha para prefeito em 2016.
O problema não é a troca de partido. É a ganância de se eleger a qualquer custo e de impor seu nome a força sem ao menos discutir com simpatizantes e militantes de esquerda que em sua maioria aprovaram porque vêem nele m deus grego que pode vencer o presidente nazifascista Bolsonaro.
Freixo inocentemente ou não acha ue vai ter apoio político de Eduardo Paes para combater Bolsonaro. Só que Paes nunca entrou em oposição direta a Bolsonaro e nunca teve apego ideológico e sim ao poder. Com certeza o prefeito do Rio vai querer oferecer uma opção ao eleitor fluminense que no caso seria o nome do presidente nacional da OAB, Filipe Santa Cruz ou Rodrigo Maia, que embateram com Bolsonaro. E com isso pode ate ter apoio do PSB do Freixo que pode apenas faze lo puxador de legenda a deputado federal ou a senador. Nem de Lula já que pode apoiar alguém do PSD para agradar Paes mostrando sua estratégia pragmática.
Por mais que Freixo troque de espectro político, ele sempre será associado a esquerda liberal. Se ele tentar renegar o que defendia como uma discussão mais elaborada sobre drogas e a desmilitarização da PM pode acabar perdendo voto e acabar nem indo para segundo turno. Fora que ele não tem força no interior, Baixada e zona periférica da cidade do Rio de Janeiro devido ele e o seu ex partido privilegiarem a classe média e bairros centrais da cidade e ter distâncias de evangélicos.
Mesmo se perder com Lula ganhando, poderá ser nomeado ministro de uma área social e dependendo do desempenho na pasta, pode ser uma opção para substituir Lula em 2026.
Mas na verdade o que se viu, foi um oportunismo politico de Freixo que lutou contra a milícia e que depois de tano perder politicamente, quer ser ressarcido das coisas que sofreu.
E o PSOL?
Porém o que causou estranheza foi o PSOL e a suplente Luciana Boateux não ter pedido o cargo do Freixo, já que a filiação para outro partido só poderá ser feita no ano que vem.
Uma das possibilidades é que o PSOL caso fizesse o requerimento do mandato poderia perder respeito dos simpatizantes de Freixo e ser linchado por esses eleitores. Outra possibilidade é que os próprios ex companheiros e companheira de Freixo no PSOL não queiram que a direção nacional do PSOL por serem gratos a ele.
