Pensei em escrever sobre a situação péssima que o PSOL de Nova Iguaçu se encontra,mas depois de ver a situação de outros partidos de esquerda, não teria como falar que na verdade a esquerda em Nova Iguaçu está indo para sua invisibilidade.
E com onze vagas para câmara dos vereadores, é mais fácil o vulcão de Nova Iguaçu entrar em erupção a ter eleitos do PSOL,PT e PSTU eleitos.
O PT começou a decair com a eleição de Lindberg Farias a prefeitura de Nova Iguaçu,onde só passava verbas maiores para candidatura de Ferrerrinha e Professora Marly por fazerem parte de tendência majoritária dentro do partido. E assim foi até quem em 2012, Professora Marly não foi eleita e um candidato fisiológico se elegeu dentro do PT,Artur Legal foi eleito. Isso aconteceu porque o partido desde 2005 começou a liberar entrada de pessoas que não tinha nada a ver com esquerda. Eos seus filiados, participaram do governo da Sheila Gama e até do Borniere Rogério Lisboa para ter empregos.
Em 2016, muitos dos filiados petistas não queriam mais mudar a cidade,mas mudar suas vidas ao não decidir por candidatura própria e apoiar Rogério Lisboa ou Bornier. O martelo foi batido para Rogério Lisboa, na qual os insatisfeitos acabaram apoiando Bornier e até tendo suas candidaturas canceladas. O resultado dessabiga interna é que nenhuma candidato a edil iguaçuano foi eleito. Ferrerinha como foi candidato a vice de Rogério Lisboa, acabou eleito.
O PT iguaçuano é um partido sem identidade com militantes fracos e visto com desconfiança pelo movimento social e por outros partidos. Faz tempo que esse partido que vive uma crise nacional, não consegue liderar algum movimento no calçadão.
Há a expectativa de lançar o mata mosquito Berriel. Porém a única proeza deste foi ter sido suplente de vereador e ter assumido a vereança por alguns meses quando Marly, Ferrerinha ou até outros suplentes do PSB assumiam alguma secretária.
Apesar do PT está decadente, não será surpresa se o partido quiser coligar com outras candidaturas como a do Rogério Lisboa ou do Max Lemos. Hoje o PT das terras dos laranjais quer mudar financeiramente e politicamente a lançar candidatura para mudar o município. Fora que o partido deve lançar poucos candidatos a vereadores se mesmo assim candidatos com poucas chances eleitorais.
Já o PSOL está em briga interna que faz com que nada ande. Dois grupos internos que não se bicam não entram em acordo para que o partido funcione. Muitos dos seus militantes iguaçuanos psolinos militam na cidade do Rio de Janeiro e até na longínqua Niterói ou simplesmente não vão ao partido há anos porque não se tem sede, movimentação política como reunião de diretório. Nem reunião no zap existe porque ambos os lados poucos se falam devida suas diferenças de condução do partido.
A pré candidata oficial do PSOL Nova Iguaçu, a professora Leci Carvalho, teve poucos votos para ser deputada federal e a votação em Nova Iguaçu não lhe possibilitaria ser eleita vereadora em Nova Iguaçu. Fora que segundo os militantes do partido falta carisma , fundamental para qualquer candidatura. A situação é tão grave que não se tem candidatos a vereadores. A falta de candidatos se deve que muitos dos militantes não tem grana para bancar uma candidatura, base política e até coragem já que alguns moram em áreas comandadas por facções criminosas.
Nem na internet o PSOL de Nova Iguaçu existe. No Instagram não existe uma publicação e no facebook é quase que inexistente a fala sobre a cidade, se reportando mais o que acontece no Rio de Janeiro.
O PCB de Nova Iguaçu foi desmontado pelos dirigentes cariocas do partido porque simplesmente tem nojo de municípios periféricos. O desmonte aconteceu em 2012, quando os dirigentes nacionais começaram a proibir candidaturas a prefeito na Baixada.
Já o PSTU sempre pensou mais nos Sindicatos dos comerciários da cidade para não perder seu calibre econômico.
Na verdade os partidos de esquerda em Nova Iguaçu desde 2008 não se importaram mais em construir suas bases na cidade porque sempre ficaram reféns da direção nacional e este pouco acharam lucrativo politicamente em investir nos diretórios de cidades periféricas devido a uma boa parte da população ser conservadora e fisiológica. E muitos desses partidos socialistas acham que essa população é alienada.
Outro motivo é que esses partidos há 22 anos não elegem um deputado estadual ou federal para bancar seus diretórios. Desde o mandato do deputado estadual Artur Messias, não há legislante de esquerda de Nova Iguaçu na ALERJ e câmara federal.
A solução para Nova Iguaçu ter representatividades de esquerdas é que haja uma discussão dentro da direção estadual do partido para que se crie uma liderança no DM iguaçuano e assim que este possam investir nessas lideranças. E o fundamental é investir na formação política dentro desses partidos, onde também se busque jovens nas escolas e faculdade para sua militância com algo que os chame atenção como os problemas de sua cidade e discutir expectativa de futuro.
Infelizmente o eleitor progressista vai ter uma boa chance de anular seu voto. E os fascistas agradecem.