Mostrando postagens com marcador visão turva. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador visão turva. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Andando dilatadamente pelo centro do Rio.

Faz mais de seis anos que passei por uma situação inusitada no centro do Rio de Janeiro. Já doido para ser demitido da empresa aonde trabalhava, pedia várias visitas a várias especializações como dentista, psicólogo e oftalmologista. Nesse último fui mais por curiosidade do que resolver o problema  de visão que não tinha identificado até então. 
 Fui ao oftalmologista no centro do Rio e passei por todos exames. Um deles era o exame de colírio para ver se tem algum glaucoma nos olhos. Depois de pingado o colírio, minhas pupilas ficaram dilatadas e fui recomendado pela médica a ficar meia hora na sala de espera. Fiquei o tempo pedido e depois fui embora pensando que o efeito do colírio passaria ou que na verdade não sofreria problema algum, já que na sala de espera não estava sentido nada. Ledo engano. Descendo as escadas, o calor da temperatura quente da cidade do Rio de Janeiro começou a mim atacar. As laterais de meus olhos começava a meio que esquentar devido a temperatura e quando cheguei na porta de saída ,imediatamente minha visão ficou desfocada. O coração começou a bater forte com medo de ficar  sem visão. As pernas começaram a ficar bambas e leves quando tentava dar os primeiros passos naquelas ruas do centro do Rio de Janeiro. Fui andando para desafiar o medo e desacreditar que eu estava vivendo aquela temerosa situação. Porém como se escapasse da chuva procurando uma marquise, me adentrei na primeira loja que vi. E era justamente uma ótica. 
Quando adentrei a loja, aproveitei para saber os preços dos óculos. Mas comecei a ficar espantado com os preços altos das armações e lentes. Pedi água e me mandei e o processo agônico de possível perda de visão voltou novamente, me fazendo quase chorar. Mas numa situação extrema dessa, resolvi criar  com os braços e mãos uma bengala invisível e um escudo fictício do Capitão América para me defender.  A Uruguaiana com seu frenesi de gente indo para o trabalho, vozes de pessoas conversando , música ruim tocando e cheiro de preparação de comida em restaurantes caros e baratos me guiavam para chegar ao ponto de ônibus. Virando diversas  ruas estreitas da Uruguaiana, acabei por acidente parando na centenária Confeitaria Colombo. Resolvi entrar naquela confeitaria que tinha uma luz tímida para aliviar da temperatura quente. Sentei em uma das cadeiras de jatobá e comecei a descansar e esperar para que minha visão voltasse ao normal.  Resolvi pegar o cardápio da confeitaria para ver quanto custava uma água com gás Prata e me espantei com o preço de R$ 7,50, assim como o simples xícara de café de R$ 4,00. Respirei fundo e me ti o pé da cara confeitaria. Mais uma vez, a minha visão não ajudava, ficando turva novamente. Quis ligar para minha mãe ou saudoso pai para saber o que fazer nessa situação. Mais resolvi ver se aquele tormento passava e resolvi ensaiar passos para pegar um ônibus para faculdade que eu estudava em  São Gonçalo.
E como aqueles sapinhos do jogo Froggy do Atari, fui atravessar a extensa rua da Av Presidente Vargas para ir pegar um ônibus. E fui com a cara e a coragem atravessar aquela rua movimentada de carros,  motos, ônibus e taxis barulhentos . Uma senhora percebendo a minha aflição, perguntou se eu queria ajuda para atravessar a rua. Me senti inútil depois desse gesto simpático dessa senhora e deixei que ela conduzisse meu braço até o outro lado da rua. E assim fui andando de forma reta para o ponto de ônibus quando a visão ficava menos embaraçada, porém ainda com os mesmos problemas para enxergar. Só quando cheguei no ponto, é que a visão de fato ficou normal, porém cansada depois de tanto andar e viver todas as agruras.
Naquele ano de 2012, não fiz um óculos para mim, por achar os preços de armação caro. Só no ano seguinte que comprei um óculos para mim e senti o conforto de enxergar qualquer coisas e pessoas
Resultado de imagem para cego sendo guiado no centro do rio
Essa situação inusitada que eu vivi queria contar desde quando vivi essa situação. Porém por acessar pouco o blog ( na época eu não postava meu blog nas redes sociais) e achar que essa situação posta no blog seria um ato egoístico, não postava esse momento que vivi no centro do Rio. Mas agora ele está ai para todos perceberem o que um simples colírio pode fazer com o ser humano.
Por isso que é recomendável a pessoa que vá fazer o exame do colírio, vá com uma pessoa para  não sofrer o que sofri. Ou então use óculos escuros original.

DOCE ILUSÃO

 Alguém acredita que o Jair Bolsonaro vai ser tornar inelegível pelo TSE para sempre? Por mais que a gente solte fogos se caso o Bolsonaro s...