O que a imprensa brasileira está fazendo em obrigar os ex-jogadores e jogadores atuais em ir a enterro do Pelé é na verdade uma forma inútil de que se haja uma homenagem a altura do morto e gerar polêmica para ter audiência televisiva, compra de jornais e cliques em seus sites de notícias. Ou seja, há pouca comoção sincera.
Se tem mais sinceridade dos que não foram dos que forçam que haja jogadores indo ao enterro.
A declaração do ex-goleiro penta campeão mundial, Marcos falando que não foi no enterro do Pelé porque ninguém foi no enterro dos seus pais parece bizarra de início, porém com uma verdade: como vou no enterro de uma pessoa que por mais tenha feito algo de inacreditável ao futebol brasileiro, mas que eu não tinha nem uma ligação emocional ou até de admiração?
Por mais válidas a declaração de Casagrande ao dizer que se houvesse um cachê a ex jogadores e jogadores em ir ao funeral, haveria presença ou do Neto dizendo que não houve valorização ao morto, a campanha de ir ao funeral do Pelé é patética. Nem o saudoso Pelé ,conhecido pela sua sensatez, aprovaria tal absurdo.
As pessoas vão a um funeral se caso houver uma ligação emotiva com o morto ou se quiser homenagea-lo como fizeram várias pessoas desconhecidas na fila para ver o Rei. Ou até se tiver tempo ou disponibilidade física para tal empreitada, o que muitos jogadores e ex jogadores alegaram.
O mais engraçado é que a cobrança foi mais forte nos ex jogadores Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, Romário, Kaká e os jogadores Neymar e Richarlison. Até o ex técnico da seleção brasileira foi cobrado. Mas como disse Vampeta, os ex jogadores campeões do mundo Anderson Polga e Ronaldão não foram exigidos, mostrando que a cobrança teve alvo.
Faltou racionalidade e bom senso nessa questão. O que seria uma forma de valorizar o maior jogador de todos os tempos no futebol, quase virou uma comédia.
