Relegião urbana

O tributo ao Legião Urbana no Rock in Rio emocionou a galera com Dado Vila Lobos na  guitarra e Marcelo na batera com participações de Pitty,Toni Platão,Herbet Vianna(padrinho do Legião) e Rogério Flausino do Jota Quest(?).Porém todos desafinaram e ainda com a desnecessária Orquestra Sinfônica Brasileira que burocratizou a canção simples do Legião.Rogério Flausino parecia que estava cantando cantiga de roda de tão pulando e alegre que estava cantando "Quase sem Querer".Pitty cantando já a chata "Índio", parecia cantar marcha militar ditando cada sílaba. Herbert desafinado e quase afônico e Dinho Ouro Preto apesar de mandar bem na vocal,"Por enquanto" era uma música errada.Mas quem se deu emoção mesmo foi Marcelo Bonfá.Péssimo cantor, onde pode ser comprovado nos seus dois cds que lançou, brilhou por dar andamento na canção "Teatro dos Vampiros".Sozinho tocando bateria e cantando mal mas no ritmo foi de emocionar.Porém apesar de o inferno está cheio de bons intencionados,valeu a pena o esforço de todos que de coração queria homenagear o Legião.As pessoas que assistiam o show fizeram nos 50 min um templo religioso cantando hinos do Legião.Aliás eles que cantaram melhor do que os cantaram  no Palco Mundo.

Um revolucionário frustado

Conversando com o Professor José Renato no ônibus ele me perguntou ironicamente se eu ia no Rock in Rio.Falei que mesmo se tivesse dinheiro não iria,porque há tanta coisa a se fazer.Ele me surpreendeu dizendo que iria assistir o show do Metálica e que quase comprou ingresso para ve-los,só que desconfiando da procedência desistiu do  intento.Fiquei boquiaberto já que Zé é comunista militante do PCB.
Eu que sempre fui critico ao capitalismo,porém foi que quase que uma "permissão" para que eu fosse nesse evento.
Claro que esse evento é uma merda capitalista que na verdade não ajuda em nada a cultura nacional ou promover uma integração internacional cultura para as pessoas mais carentes e ainda inclui as pessoas.Os preços caríssimos e o lugar,Barra da Tijuca é claramente para atrai pessoas de classe média para cima.
Porém para meu espanto essa afirmação acima se quebra quando vejo pessoas que são pobres também irem curtir o Rock in Rio.Apesar de saber que se juntou meses de dinheiro para ir.
Eu agora confesso:quero ir no Rock in Rio!Queria viver  um pouco da alegria daquele evento,ter história para contar,ver o comportamento das pessoas e ver seu artista predileto.Seria uma marca.
Infelizmente muito das pessoas fazem disso um feitichismo que cria um status social.Os que não foram se sentiram excluídas também sendo integrante do feitichismo social.
Tem pessoas que não vai para ver um artista,vai para curtir o evento, o que aquilo proporciona.
Como as pessoas são atraídas a essa situação de feitiche? A propaganda.
E a mídia fala desse evento todo tempo criando mitos e sensações que só o Rock in Rio vai se encontrar.
Não se deve ignorar esse evento, assim como outro que vão acontecer na nossa cidade,porém que se deixe bem claro que não ir no Rock in Rio não vai deixar ninguém infeliz ou se for vai ser um incluído por um certo prazo de tempo como se fosse uma vacina que se tem uma duração,no caso vacina de inclusão.
Fico "frustado" de eu não ir lá,porém vida que segue porque tenho alegrias que eu ainda não achei e que as achei devo cultivar