Ultimamente tenho visto muito pouco tv.Depois que adquiri internet banda larga,pouco vejo tv.É tanta novidade nessas duas páginas que acabo tendo pouco tempo para ver tv aberta.Geralmente é telejornal,seriado americano,esporte e a novela das 9.Raramente vejo outra coisa.
Porém forçosamente vejo Esquenta por causa de minha namorada e vi Sexo e as nega por causa da repercursão que teve quando movimentos negros e até protestos individuais de pessoas negras reclamaram precocemente do seriado.
Coloco esses dois programas para falar porque ambos são casos diferentes e também para de certa forma falar sobre a consciência negra.
O "Esquenta" é um programa que diz representar a diversidade negra e a mistura da classe rica com a pobre,quando na verdade é uma farsa e uma ofensa a inteligência do telespectador e a história e característica da cultura negra.
Para começar a Regina Casé odeia pessoas pobres e pouco se lixa para militância negra.Simplesmente ela é amiga de alguns famosos negros e até algumas organizações que de fato representa as pessoas que moram na periferia(Olodum,Afrorregae,Nós do Morro,sociólogos de classe média alta que adora pobreza apenas como uma coisa cult),porém desde que isso dê-lhe retorno como composição de elenco e audiência.Fora isso que se foda o pobre,o negro,a dona de casa,o jovem da periferia.
A pobreza e a causa negra é apenas uma forma dela ganhar dim-dim e prestígio e mais nada.Tanto que quando o DG morreu(ele era dançarino do programa) a apresentadora de forma covarde chamou a mãe do rapaz para ir ao palco para ganhar audiência.Tanto que no dia ela fez até aquela cara de triste nas chamadas para dizer que estava com dó.O telespectador acabou caindo na onda e ficou assistindo o programa do ínicio ao fim.
E depois do programa?Nenhuma coletiva ou declaração pública da apresentadora e de quem participou do programa.Meses depois a mãe do DG num evento em uma universidade em Brasília acabou expurgando toda a sua mágoa em relação de ter sido usada no programa.
Criticar o Esquenta é mole:o falso carisma de Regina Casé não convence.
A amostragem da realidade pobre é constrangedora,já que mostra o que há de pior do pobre:a alienação,o modo fácil de se levar vantagem,seu gosto duvidoso em relação a música e a arte.Fora que dizer que todo pobre é igual em seus costumes
A forçosa intenção de dizer que o negro não é discriminado e que rico adora pobre é de uma covardia impar reforçado por intelectual que recebe muita grana de ONG e universidade para fazer pesquisa em favela( e recebe bem) ou simplesmente daquele intelectual que vai lá apenas para curtir um barato como comprar drogas.
Artistas como Preta Gil e Carolina Dieckeman que além de ser chatos e irritantes ,você vê que tá lá forçado.
Por último o programa que tenta de todas as formas fazer uma mistureba musical de funk com pagode que doi os ouvidos.
O Programa Esquenta é uma prova que racismo ainda existe na tv,já que mostra que todo negro é igual,quando na verdade existe várias pessoas negras diferentes.
Já o "Sexo e as negas" é um seriado chato,tanto que a Globo já notou que o seriado é chato.Como tudo que Miguel Falabela faz para tv é insurpotavél e bastante agressivo a nossas vistas tanto com os textos como caractereristicas dos personagens.Miguel sempre funcionou apenas para teatro e como ator,nada mais.
Porém a intenção foi boa de colocar o seriado no ar,a começar até mesmo pelo nome,um golpe cheio para chamar a atenção do público.E não é que chamou,para o bem ou para o mal.
Depois o roteiro que tenta mostrar a realidade da periferia e da mulher negra trabalhadora e também da sua visão de sexualidade.Usaram a inspiração do seriado americano"Sex and city" tinham mulheres brancas e ricas,porém na visão migueliana,negras e pobres.
A intenção é boa,porém acabou errando na mão de ter uma história fraca,de errar na mão mostrando a realidade dessas personagens( nem todas mulheres negras são como elas) e também em todo final de episódio mostrar elas dançando,o que no final destoa.
As atrizes são ótimas,mas o roteiro é chato e pouco carismático.É apenas o que estraga esse seriado.
Porém dizer que é racismo é um exagero e preconceito sem dó.As pessoas que criticam esse seriado em sua maioria não assistiram o seriado por boicote ou simplesmente viram o capítulo tacando pedras.
Eu mesmo quase cai nessa armadilha,porém por um grande esforço fui ver o programa e não mgostei porque é chato.
A maior crítica a série foi o título que dá a impressão que a mulher negra só serve para fazer sexo ou que seja mais avida a isso,o que é inverdade.
A série dá emprego a artistas negros de mostrar o seu talento e ainda pessoas acham que o programa é racista.Miguel Fallabela sempre na tv e teatro deu oportunidades a artistas negros e ainda é adepto da capoeira e também do candomblé tendo como a sua guia de santo a veterana atriz negra Chica Xavier.
Tem coisas piores na tv que degrine o negro como os programa de telenotícias que colocam sempre como reús os negros ou que este é a vitima por isso tem cotas.
A militância negra que fez o escarcéu contra "Sexo e as Negas" deveria diariamente vigiar programas como os telejornais e" Esquenta " para que eles tivessem mais cuidado em mostrar a realidade do negro e não cometerem preconceitos.
A situação do negro na TV melhorou bastante em relação aos anos 60,quando o ator Sérgio Cardoso se pintou de negro para ser o Pai Thomás na "Cabana de Pai Thomáz",clássico americano anti-escravagista dos anos 20 e que virou novela no Brasil,porém ainda precisda consertar as arestas como programas ruis que preconceituam o negro
E que alguns militantes negros se reciclem,porque algumas intervenções que fazem,acabam também fazendo um racismo contra o branco e também criando um xadrez,onde branco é mal e negro é bom.Quando na verdade o mal é o capitalismo.Que o dia da consciência negra seja para todas cores e classes.
