Quando Freixo renunciou sua candidatura a prefeitura do Rio para unir a esquerda, a primeira reação foi de espanto. Afinal era favorito chegar no segundo turno.
Porém o deputado federal queria ser incontestado ao negar que houvesse prévias no partido para disputar a indicação para candidato a prefeitura e que sua tese de se unir ao PT fosse aceita por unanimidade. Acabou que nada aconteceu como queria.
O PSOL tinha duas pré candidaturas do vereador Renato Cinco e do deputado federal David Miranda como também acharam absurdo se coligar com o pútrido PT carioca conhecido por ter apoiado Garotinho, Cabral, Crivela,Eduardo Paes e ter abocanhado vários cargos nesses governos. Tem militante petista andando de carro 0 km e apartamento bacana devido ter se saboreado da corrupção desses governos.
Freixo preferiu ligar o foda-se e partir para uma carreira de escala nacional de combater o governo nazifascista de Bolsonaro.
Depois desse abandono,quem seria o candidato ideal para substituir Freixo?
No meu facebook, postei que a deputada estadual Renata Souza seria o ideal para uma candidatura a prefeitura do Rio por vários pontos positivos. Entre eles ser negra, num momento que há uma forte discussão sobre o papel do negro na sociedade e um grito de respeito pedido pelo movimento global #vidasnegrasimportam, ser uma feminista ativa no combate contra o machismo, ser da favela da Maré na qual a deputada sabe da realidade deste lugar e de outras adjacências periféricas e ser "cria" da vereadora assassinada covardemente em 2018 na qual foi sua assessora direta. Sem falar que é discípula de Freixo em todos caminhos políticos.
E não é que mês depois o PSOL confirmou o nome de Renata Souza? Não foi uma aposta que fiz,mas uma análise que eu fiz vendo os quadros do PSOL, na qual só via o nome dela como candidata.
Renata consegue dialogar com todas tendências, tanto que David Miranda retirou sua candidatura e o vereador Renato Cinco pode retirar sua candidatura devido a querer manter seu mandato que tem una defesa de bandeira interessante- liberação da maconha- porém fácil de ser combatida pela direita.
Na verdade o lançamento da deputada estadual foi um trator que a cúpula estadual do partido passou nos mais radicais do partido para que tenha unanimidade e que se alie ao PT e o PC do B, já que a deputada é a favor de tal união. Foi uma decisão que teriam que tomar devido a decisão do bloco centro esquerda formada pelo PDT-PSB-REDE de lançarem Marta Rocha e Eduardo Bandeira de Melo como possíveis candidatos.
Em relação a não ser um novo conhecido, o PSOL carioca tem facilidade em converter desconhecidos em nomes conhecidos. Um exemplo foi a candidatura do professor Tarcísio Motta em 2014 para o governo do estado que quase ultrapassou o decadente Lindberg e em 2016 foi um dos mais votados para vereador na cidade do Rio de Janeiro. E fora que em 2018 quase foi para o segundo turno.
Mas para que Renata decole, o PSOL tem que fazer mais campanha na Zona Oeste, Zona Norte pobre e subúrbio e usar uma língua popular, um problema crônico que os militantes descolados do PSOL não largam.
Resta agora torcer que a candidatura tenha sucesso tanto na ida do segundo turno como também aumente o número de vereadores do partido, que é um quadro cheio de pessoas com propostas e que ainda combaterá o fascismo.