terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Papai Noel no Brasil é piada.

Estou com inveja dos  americanos por causa do frio que eles estão curtindo. Lá que realmente eles podem comemorar o natal, porque o Papai Noel com aquelas roupas pode visitar as casas das pessoas e sem cansaço pode subir a chaminé tranquilamente. As renas (aqui no Brasil, viados) podem circular livremente porque só vivem em clima congelado.
Os sacos do Papai Noel pode ser vermelho porque lá tem que ser uma coisa gritante para os americanos notarem. E pode circular nas ruas sem ser assalatado ou até morto por um viciado em crack.
As suas renas voadoras terá ar livre já que a Força Aérea americana goza de maiores equipamentos para controlar os vôos.
Aqui no Brasil Papai Noel não teria vez porque num calor danado logo teria uma desitratação forte ou uma pressão alta cavalar. Sua barba aqui seria confundido com qualquer eremita,mendigo da Central do Rio, mormon radical ou louco fugido do hospício.
Como aqui no Brasil não existe renas, teria que ir de boi, cavalo e ir de burro numa carroça de madeira e sem voar.
Seus ajudantesseriam aqueles anões feíssimos  que sempre vão querer descansar na hora do almoço ou vai ficar morcegando num bar tomando aquela cachaça. Bêbados, logo nem subiram o meio fio.
Seu saco deveria ser estampado porque é comum o povo daqui gostar de coisas assim, uma coisa latina nossa.
Se não tomar cuidado, logo será assaltado por marginais que venderão tudo para fumar um crack.
Terá que usa crachá para as pessoas não desconfiarem.
Terá que também ter cuidado para não ser pego pelos flanelinhas quando guardar sua carroça porque por ser uma pessoa ilustre vai logo cobrar o triplo.
Mas também ficaria triste de ver que sua bondade e simpatia na verdade virou apenas um produto para o cliente sair satisfeito.
Claro que escrevi toda essa ironia para mostrar que é impossível a figura do Papai Noel no nosso país.
Uma figura criada pela Igreja Católica para estimular a caridade de senhoras na antiga Prússia e parte da Polônia no séc XIX em homenagem São Noel virou uma figura para ser vendida.
Teve sentido em algum momento daqueles longíquos séc XIX e parte do séc XX onde a inocência e a magia do natal era apenas de se divertir ou unir pessoas em torno de uma figura popular e também mostrar a criança um herói para impressioná-las desde a figura da esperança até preceitos de comportamento como a obediência, educação. Aliás quem não ouviu quando criança se não se comportar não ganhará presentes.
Era realmente legal ouvir as peripércias do simpático velhinho, hoje simplesmente perdeu sentido sua figura. Virou apenas comércio.
Não quero que essa figura desse velhinho desapareça de imediato mas que seja mudada aos poucos para a figura do pai ou mãe que rala o dia inteiro para dar o bom presente no final do ano.
Fará com certeza a criança reconhecer o valor da família e também não se guiar por figuras euroupéias e desde então ser acostumado com o eurocentrismo
Nunca acreditei em Papai Noel porque minha mãe falava que não existia. Para ela Papai Noel é para rico e para mim é para americano

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