quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Não ao ensino religioso

Quando estava na sétima série tive aula de religião com a professora Iva.Ela era uma evangélica tradicional e eu era da Seicho-No-Ie. Uma vez na aula dela ,eu falei que pecado não existia.
Claro que ela me repreendeu e quase entramos numa discussão. Com o tempo ela se tornou uma pessoa querida e sempre conversávamos  de tudo,menos religião.
A aula de Religião era que todo mundo cagueava. Conversava se de tudo,menos religião. Isso porque até os alunos que professava da mesma visão da professora,mas era de outra denominação,a criticava.Ninguém saia satisfeito da aula.Só achava aquela "matéria" uma perda de tempo.
Aula de religião é um contrasenso a um estado que se diz laico.E o Supremo Tribunal Federal para minha surpresa estão divididos em relação a ter ensino religiosos em escola pública. De um lado caiem na ingenuidade, de que as aulas de religiões deve falar de todas religiões de forma científica e de outro que continue o ensino religioso desde que seja facultativo como sempre foi.
Resultado de imagem para ensino religiosoA proposta defendida pelo juiz Luís Roberto Barroso e que foi acompanhada  Rosa Weber e Luis Fux é um projeto interessante. A religião foi um dos motores políticos e econômicos da história.Sem entende-la, deixa-se lacuna para se entender os fatos históricos. O juíz Luiz Fux defende que é impossível ter uma ensino confessional com tantos alunos com diferentes religiões. Porém é  quase que utópico acreditar que se caso haver uma  disciplina sobre história de religião não haverá problemas. Um pai evangélico pode protestar contra um professor que esteje falando sobre ateísmo ou sobre a história do candomblé. 
E muitos professores com suas religiões ou não vão passar as suas verdades,o que acabará ofendendo a inteligência e a fé.
 A defesa do juíz Alexandre de Moraes é sedutora: que o ensino seja facultativo,porém que só seja dado aula de religião pelo líder de tal religião do aluno, o que é impossível.
Essa discussão sobre ter ensino religioso  nas escolas públicas perda de tempo.Por mais que a ideia de Alexandre Barroso  seja que matéria de religião seja uma matéria científica,seria mais um matéria para encher o saco de várias matérias na qual em plena época da tecnologia que se pede matérias que chamem atenção dos alunos e que  levem eles para o mercado de trabalho. 
A escola é antes de tudo,uma casa científica .Não que ela não ensine amor,caridade,respeito,postura e calor humano.Mas sempre com um olhar científico.
Acho um absurdo quando alunos antes de entrar na sala de aula,fazem uma oração conjunta. Como também acho que não seria bom uma igreja querer se meter em questões científicas falando que o mundo é plano e que homossexualidade é doença.
Não se deve ter aula de religião no momento no Brasil enquanto não haver discussões mais importantes na educação como aumentar o numero de alunos bílingues, conhecimento tecnológico, esportivo, musical e que diminuição do analfabetismo funcional. 
 Uma das poucas boas da república foi a separação da igreja e do estado.E num momento complicado em nosso país,onde houve crescimento de movimentos católicos  e evangélicos ultra conservadores,devemos  por enquanto colocar religião de fora.
Aula de video game é mais útil do que ensino religioso.E a Coréia do Sul é um exemplo disso 
 

 
 

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