quinta-feira, 3 de maio de 2018

O prédio da vergonha

Falar de prédios abandonados foi recorrente na literatura paulista. Um dos que fizeram isso foi o saudoso escritor Marcos Rey (1922-1999) que escreveu O último mamífero do Martinelli, um edifício entre Av São Bento, São João e Rua Libero Badaró. 
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Se vivo ainda tivesse falaria do desabamento do prédio no Largo do Payssandu.Falaria do descaso das autoridades com os apartamentos velhos que não são conservados ou demolidos com um tom irônico acima.
Acampamento no Largo Paissandu (Foto: Kleber Tomaz/G1)Mas tem coisa pior do que os apartamentos: as pessoas que moram lá,. Pessoas que não conseguiram casas para morar e acabaram improvisando moradia num prédio que há anos ficou desabitado.
 Os governos que passaram na prefeitura de São Paulo resolveram tratar esses moradores como invisíveis até o desabamento e incêndio do prédio. E mesmo assim tratando como culpados e até parte de uma facção criminosa como o ex-prefeito de São Paulo falou em suas declarações na imprensa.
Claro que o prefeito mauricinho falou de movimentos picaretas como MLSM(Movimento de Luta Social por Moradia)  que exploram os moradores fazendo elas pagarem por uma ocupação em estado depauperado. Porém o prefeito de forma maliciosa preferiu generalizar, colocando todos no mesmo balaio.
Porém os culpados são os governantes burgueses que não fizeram nada com os prédios. O governo federal que é dono do prédio nada fez, assim como o governo estadual e governo municipal lavaram as mãos.
Infelizmente esse episódio na cidade de São Paulo mostra como o nosso país é injusto na distribuição de moradia, na qual ainda se tem muitas pessoas sem casa e sem renda.
 
 
 

 

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