segunda-feira, 9 de maio de 2016

Os impeatcheaments

Por ter 9 anos de idade, não acompanhei o impeatcheament do Collor,devido a não ter compreensão do que estava fazendo. E ainda fiquei aborrecido porque todos canais estavam passando o evento do impedimento do Collor, e então acabaram não transmitindo desenhos e o episódio do Chaves que eu gostava.
Por um bom tempo,pensei junto com a minha ingenuidade que aquele processo foi resultado da reclamação do povo contra um governo corrupto e que o impedimento do Collor diminuiu a corrupção e as coisas se ajustaram.Ledo engano. Apesar de ter havido melhoras econômicas,já que a inflação já tinha sido liquidada,houve coisa pior que poderia fazer o FHC ser deposto e ainda preso por compra de votos dos legisladores na questão reeleição em 1996 e nos escândalos das privatizações de 1997 a 2000.
Porém FHC agradou a burguesia e tinha oratória e diplomacia para falar com aliados no que evitou seu impeachment.
Collor e Dilma não tiveram essa paciência. Queriam ter a última voz e comandar todo o processo republicano. Collor queria roubar sozinho e Dilma queria comandar o Brasil sozinha minorizando aliados e interlocutores. Não deu certo.
Collor foi deposto e Dilma já arruma as malas,pensando como descerá as rampas do Planalto.
Era nítido na votação no congresso, que os deputados pouco se importavam o porque estava votando,mas sim as vantagens de ter um novo presidente ou para depor seu inimigo. Pareciam colegiais que derrubaram um professor e depois esperam que o novo mestre seja bacana.
Em 1992, Itamar Franco,vice de Collor, agiu inicialmente com cautela quando nomeou ministros e cargos de 2° e 3° escalão. Porém depois que viu que deveria era na verdade agradar aliados,convocou o Newton Cardoso e FHC para negociar com alto e baixo clero no congresso em relação a cargos.
Temer já vai fazer isso imediatamente, porque 1992  não é a mesma coisa de 2016. 
Primeiro, porque Collor preferiu a reclusão em vez de se defender publicamente. Dilma e o PT não deixarão esse governo em paz,devido a quebra de confiança imposta. Prometeram até um governo paralelo  e caravanas na qual o pré-candidato Lula estará presente. 
Depois a votação do impeachment de 1992, a distância entre o sim e não, teve longa vantagem em relação ao da Dilma,sendo que os apoiadores do impeachment estavam claramente indecisos.
Temer então vai ter que liberar cargos e grana para os deputados e senadores rapidamente.
O processo de deposição de presidente mostra como o presidencialismo é uma mentira.


Um comentário:

  1. Bruno, boa noite. Você me lembrou o quanto que eu também era criança e mal entendera o que ocorria com o país naquela época; minha mãe chateada blasfemava várias vezes contra o nome de Deus, exclamando:"Madito! Maldito! Esse 'Collor' furtou todo a minha economia! ".
    Passaram-se os anos, a idade escolar aumentou e então a partir das aulas de história fui aos poucos desvendando todo aquele mistério que sondava a minha memória há tempos, "O porque minha mãe tanto xingava". (Rsrsrs)
    De contrapartida , nas primeiras aulas a professora de historia foi pontuando cada paragráfo da história...
    Fernando Collor de Melo foi eleito para presidente nas eleições de 1989, as primeiras eleições diretas para presidente desde 1960. Ele derrotou candidatos como Luiz Inácio Lula da Silva, Leonel Brizola e Mário Covas. Seu partido, o Partido da Reconstrução Nacional (PRN), era um “nanico” frente a diversos outros surgidos com a redemocratização do país, como o PMDB, o PT, o PSDB e o PDS.
    O governo Collor foi iniciado em março de 1990. Logo de cara estabeleceu medidas econômicas radicais para tentar combater um dos principais problemas da economia do país: a inflação, que na época chegava a surreais 1700% ao ano (para efeito de comparação, nos últimos anos ela não passou dos 7% ao ano). A principal dessas medidas foi o confisco das poupanças por um período de 18 meses, medida estabelecida por meio de medida provisória. A ideia era diminuir a quantidade de moeda em circulação e, desse modo, preservar seu poder de compra.
    E, no final tudo para variar em nosso país terminará em pizza. Ou seja, foi ao impeachment sim, no entanto seu novo fora citado na Lava Jato, e trabalha como parlamentar normalmente.
    Triste essa realidade em nosso país.

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