*Edson Amaro
Argentino apaixonado por São Paulo, Hector nos ajudou a pensar o Brasil, a partir da paisagem paulista.
Seu filme "Pixote" é um clássico do cinema. Impossível de filmar hoje, com a atual legislação que protege menores. Mas ali está de forma ultrarrealista o estrago que a miséria pode fazer na infância. E, de brinde, a poesia de cenas antológicas como aquela em que Marília Pera (que Sarah Bernhardt a tenha em sua santa paz) acolhe no colo, como uma nova "Pietà", o pequeno delinquente interpretado por Fernando Ramos da Silva, jovem ator de carreira meteórica, vítima da sociedade excludente e da violência urbana.
"O Beijo da Mulher Aranha" foi o embaixador que a América Latina precisava no Hemisfério Norte, a gritar pela ânsia de liberdade que nosso subcontinente buscava.
"Carandiru" levou para as telas a sempre necessária discussão sobre o degradante sistema carcerário, mostrou uma personagem trans amando dignamente e sendo redimida por esse amor, mostrou que não há outro inferno a temer senão este em que já vivermos.
Obrigado, Argentina, por nos dar Hector Babenco!
* Poeta e professor
Argentino apaixonado por São Paulo, Hector nos ajudou a pensar o Brasil, a partir da paisagem paulista.
Seu filme "Pixote" é um clássico do cinema. Impossível de filmar hoje, com a atual legislação que protege menores. Mas ali está de forma ultrarrealista o estrago que a miséria pode fazer na infância. E, de brinde, a poesia de cenas antológicas como aquela em que Marília Pera (que Sarah Bernhardt a tenha em sua santa paz) acolhe no colo, como uma nova "Pietà", o pequeno delinquente interpretado por Fernando Ramos da Silva, jovem ator de carreira meteórica, vítima da sociedade excludente e da violência urbana.
"O Beijo da Mulher Aranha" foi o embaixador que a América Latina precisava no Hemisfério Norte, a gritar pela ânsia de liberdade que nosso subcontinente buscava.
"Carandiru" levou para as telas a sempre necessária discussão sobre o degradante sistema carcerário, mostrou uma personagem trans amando dignamente e sendo redimida por esse amor, mostrou que não há outro inferno a temer senão este em que já vivermos.
Obrigado, Argentina, por nos dar Hector Babenco!
* Poeta e professor
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