terça-feira, 15 de março de 2016

O calcanhar de áquiles das eleições

No outro sábado, dia 5 de março, em debate pela nomeação do candidato democrata à presidência dos EUA, Bernie Sanders questionou Hillary Clinton com dureza:
"Gostaria que a senhora divulgasse publicamente o conteúdo de palestra para financistas de Wall St. pela qual, de acordo com sua declaração de renda, a senhora teria recebido US$ 100 mil dólares. Que tipo de informação pode ser tão valiosa a ponto de custar US$ 100 mil?", perguntou o adversário da Sra Clinton.
Ela respondeu na lata:
"Eu divulgo o conteúdo das minhas palestras se todos os outros candidatos fizerem a mesma coisa".
Tradução para o português:
O financiamento de campanha é o calcanhar de Aquiles, não só da nossa, como de todas as democracias modernas.
Os mesmos problemas enfrentados por Lula são comuns a grande maioria dos candidatos.
Pergunto: do que vive Marina Silva? Será surpresa se alguém descobrir que ela é sustentada pelos mesmos grupos que financiaram as palestras perpetradas por Lula e FHC?
As questões da esfera ética e jurídica parecem se tornar mais complexos a cada dia.

Mas será que o combate ao terrorismo também não se tornou uma ameaça aos direitos civis?
Da mesma forma, o Brasil enfrenta enormes perdas e desgaste político em razão da corrupção. Pois não podemos deixar que o combate à corrupção vire um problema maior.
Não é possível abrir precedentes na Lei ou mudar as regras do jogo em nome de um objetivo momentâneo.
Não é possível mudar a jurisprudência do país para caçar Lula.
A democracia é uma só, e o Brasil já decidiu entre parlamentarismo e presidencialismo. Nossa vocação, nossas dimensões e a qualidade (SQN) do nosso Congresso não nos dão a possibilidade de mudar o sistema de ontem pra hoje.
Assim sendo, não dá pra atrapalhar a Constituição e virar o mundo de cabeça para baixo para atender aos clamores de um de dois Brasis contidos dentro de um mesmo país.
Mesmo porque, atende-las nos moldes que o juiz de primeira instância Sérgio Moro está incitando a população a pedir é chamar de trouxa e vagabundo aquele outro Brasil que é atendido pelas políticas sociais do governo.
Será que estamos dispostos a destruir, na canetada de radicais que não enxergam um palmo adiante (vide Aécio achando que ia abafar na manifestação), todas as conquistas institucionais obtidas desde a retomada da democracia?.

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